Alexandre Sá

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Vive em Niterói e trabalha no Rio de Janeiro. É artista, curador e psicanalista. Pós-doutorando em Filosofia pelo PPGF-UFRJ sob supervisão de Rafael Haddock Lobo. Pós-doutor em Estudos Contemporâneos das Artes pela Universidade Federal Fluminense sob supervisão de Tania Rivera. Doutor (2011) e mestre (2006) em Artes Visuais pela Escola de Belas-Artes da UFRJ, tendo sido orientado por Glória Ferreira. Com esse último foi aprovado com louvor e indicação de publicação. É licenciado em Educação Artistica (Habilitação em História da Arte) pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2002). É atual diretor e professor do Instituto de Artes da UERJ, além de professor do Programa de Pós-graduação em Artes da mesma instituição. É um profissional híbrido que trabalha com diversas linguagens (performances, instalações, textos críticos e vídeo) e a particularidade de sua pesquisa plástico-teórica são as relações entre o texto, a imagem, a poesia, o corpo e a psicanálise. Atua também como crítico de arte, escrevendo textos para revistas especializadas. Desenvolve um trabalho como editor de revistas acadêmicas de arte, tendo integrado o corpo editorial da Revista Arte & Ensaios (EBA-UFRJ) e atualmente é editor-chefe da revista Concinnitas do Instituto de Artes da UERJ, avaliada como A2. Também faz parte da Comissão de Credenciamento do Portal de Publicações da UERJ como professor titular. É membro e coordenador geral do Fórum do Campo Lacaniano – Niterói e da IF (The International of forums), ministrando com regularidade seminários que discutem as relações entre Arte & Psicanálise. É coordenador do Grupo de Pesquisa “A arte contemporânea e o estádio do espelho”, certificado pelo CNPQ. Atualmente também é aluno do curso de Especialização em Gestão e Políticas Culturais, promovido pelo Itaú Cultural (Observatório Itaú) em parceria com a Universitat de Girona e a Cátedra UNESCO de Políticas Culturais e Gestão.

Rotas cínicas: volte para o seu lar (o espelho )

O projeto de pesquisa é consideravelmente aberto e depende dos interesses da presentidade do presente em relação à possível validade do processo de conjecturar um instante especifico em seu devir histórico. Aqui, o desejo que atravessa a escrita, a pesquisa coletiva, as discussões, textos, ações e obviamente, a produção dos trabalhos de arte, é a procura infinita do encontro, no subsolo do vento, daquilo que origina o desejo de uma época. A pesquisa é apenas um dispositivo para um processo de escavação de si nos outrxs. Ou dos outrxs no em si. O infrafino como abrigo e como metonímia. É possível afirmar que se trata de uma pesquisa prático-teórica que tem como objetivo investigar e discutir as relações entre saber, poder e efeito de subjetividade na arte contemporânea. Busca-se então pesquisar os regimes discursivos atuais e seus balizadores, para que possam ser minados e fraturados sem nenhuma parcimônia. É proposta então uma poética de produção que seja capaz de ver-se a si vendo-se refletida como imagem espectral e que consiga negociar conscientemente (sem subalternidade) com seus agentes legitimadores, assumindo as fricções inevitáveis e tendo coragem suficiente para ir além dos seus próprios desejos e interesses pessoais. Furando de maneira intermitente, e nada fálica, o fascismo mão-dupla-epistemológico que eventualmente se coloca como status acadêmico e artístico. Trata-se de uma escavação plural que sempre terá́ como eixo primeiro a obra de arte e sua produção contemporânea, para que as esperadas reverberações políticas, possam surgir como um conjunto de sinapses, encontros e desencontros conceituais que prepararão o terreno para uma carta de navegação deambulatória, buscando construir meandros infinitos e dobras no pensamento para que o sujeito-objeto-sujeito possa ser completamente despidx em uma noite de lua cheia. Embora pareça pura poesia, é fundamental lembrar que intimamente, tudo é nutrido por um desejo virulento, mordaz, que visa a desconstrução de um regime tradicional branco, cis e burguês, sem desconsiderar ingenuamente referências abrangentes o suficiente, para que assim e só assim, a ruína possa ser assumida. Arriscar o possível de pensar um instante e uma obra que optaram pelas mais diversas razões, por um ligeiro esvaziamento sem nenhuma melancolia. O que só sobra da imagem? Um conjunto de espelhos paralelos que reflexionam infinitamente a névoa de sua imagem-oca? Quais paradigmas deste incapturável momento de agora, que já se foi; como essas letras e o esquecimento das vozes que urram diante do abismo? Outras sensibilidades. Luta. O museu não é o mundo. A onça também somos nós. É recomendável: estar em análise, tempo, disposição, voracidade e nenhuma histeria. Exu – (h)árte – pretxs – psicanálise – corpo – política – cinismo – circuito – poesia – performance – pedra de rio – gaiola aberta – palavra – imagem – gozo – pé na porta – objeto a – caça – michel foucault – orunmilá.