Guilherme Bueno

Doutor em Artes Visuais pela UFRJ (com estágio de pesquisa na École des Hautes Études en Sciences Sociales). Professor da Escola de Belas Artes da UFMG, lecionou anteriormente no Instituto de Artes da UERJ, no Departamento de Arquitetura e Urbanismo da PUC-Rio e na Escola de Artes Visuais do Parque Lage. Pesquisador do PROARQ-UFRJ, vinculado ao Laboratório de Narrativas em Arquitetura (LANA). Dirigiu o Museu de Arte Contemporânea de Niterói e foi editor-chefe da revista Dasartes. Como curador, realizou diversas exposições de arte moderna e contemporânea brasileira no país e no exterior dentre as quais: Europalia – Art in Brazil, 1950-2011, módulo anos 1960-1980 (Bruxelas, 2011), Alternative Orders (Lillestrom, Noruega, 2012), Mapa do Agora (São Paulo, 2002). Publicações selecionadas: A Teoria como projeto (2007), Antonio Manuel – Eis o saldo: textos, depoimentos e entrevistas (2010), Conversas com críticos e curadores (2013). Contribui regularmente com textos para catálogos, livros e periódicos especializados. 

Projetos de Pesquisa:

  1. A construção do espectador moderno – A pesquisa investiga os processos de estruturação das narrativas historiográficas modernas, discutindo seus conceitos-chaves, modos de operação, textualidades e camadas discursivas. Nesse âmbito, para além do exame retrospectivo, interessa-nos examinar tanto a noção de temporalidade implícita a ideia de “moderno” e “modernidade” quanto os deslocamentos de categorias dos manifestos e críticas para os textos de uma historiografia “oficial” da arte e arquitetura dos séculos XIX e XX. Como recorte, trabalha-se os intercâmbios entre Europa, América do Norte e Brasil.
  2. Crítica de arte no Rio de Janeiro nas décadas de 1930 e 1940 – Através da recuperação de textos em livros, jornais e revistas em circulação no período do Entre-Guerras, bem como o levantamento de bibliografias estrangeiras em circulação na cidade, busca-se desenhar um cenário mais complexo da formulação e debate de ideias acerca do modernismo, observando a um só tempo questões como: o estatuto do crítico como uma figura para além do diletante; recepção, apropriação e reinterpretação de ideias; o “moderno” na ordem do cotidiano. o objetivo é desenhar um panorama que convoque referencias que não apenas os marcos (Salão de 1931, Edifício do Ministério da Educação e Saúde Pública) e personalidades (Lucio Costa, Mario de Andrade, Mario Pedrosa), mas sim a pluralidade de agentes.