Jorge Luiz Cruz

Com estágio de pós-doutoramento realizado na Universidade Federal Fluminense em 2017-2018, Jorge Luiz Cruz é doutor em Comunicação e Semiótica pela Puc-SP (2002);  é mestre em Comunicação pela UFRJ (1990) e graduado em Educação Artística História da Arte pela Uerj (1983). Professor Associado do Instituto de Artes e do Programa de Pós-graduação em Artes da UERJ, já foi agraciado com as bolsas Prociência e Jovem Cientista da Faperj. É docente do Programa de Pós-graduação em Artes da Uerj e é investigador integrado do Grupo de Investigação Correntes Artísticas e Movimentos Intelectuais, Centro de Estudos Interdisciplinares do Século XX – CEIS20, da Universidade de Coimbra. Tem experiência nas áreas de Artes, em performance, artes plásticas e cinema/vídeo, com ênfase em Roteiro e Direção Cinematográficos, atuando principalmente nos seguintes temas: cinema, comunicação, artes, performance, artes plásticas e roteiro cinematográfico. Organizou o livro “Gilles Deleuze: sentidos e expressões” (RJ, Ciência Moderna, 2006). Realizou a “Performance-livro” (2011) e a “Máquina-performance” no Rio de Janeiro (2009); o curta-metragem “A quadrilha” (2002), em 35 mm; escreveu e apresentou o programa A BALADA DO LOUCO, na web rádio Revolução FM (www.radiorevolucaofm.com.br), aos sábados a partir das 9 horas da manhã.

Projetos de Pesquisa:

O autor nas artes

Após iniciarmos estudos exploratórios sobre os cinemas de Angola e Moçambique, de Cabo Verde e dando continuidade ao projeto Cinemas dos países lusófonos, posteriormente renomeado como Cinemas em português,  que trata dos cinemas dos signatários da Comunidade dos países de Língua Portuguesa – CPLP, identificamos uma grande e complexa discussão sobre autoria e no cinema e, por extensão, nas artes, pretendemos aprofundar e estender os estudos sobre a autoria, os direitos de autor, propriedade material, imaterial e intelectual neste campo, que acaba por revelar uma tensa relação entre as artes, a história e o direito que tratam do tema.


Cem rostos, sem nomes

Este trabalho nasceu da curiosidade de ver as pessoas que eu não conhecia, mas que estavam nas fotos de rua da minha família. Resolvi então explorar as fotos em que eu não conhecia ninguém, mas eu não queria os primeiros planos. De fato, eu queria “ver” as outras pessoas. Depois, passei a pegar fotos da internet de forma que eu não conhecesse nem o fotógrafo. Mas isto, de fato, nunca importou! Assim, tornamos públicas as fotos e desprezamos a sua autoria, mas o recorte é nosso. Comecei a desenvolver esta proposta no Instituto de Artes/Uerj, com uma bolsista IC/CNPq, com o objetivo de exibir cem fotografias de pessoas que são fundo em fragmentos de fotografias diversas expostas na internet, neste projeto, exploramos as fotos de desconhecidos, aquelas pessoas nos segundos planos de fotos publicadas na internet, preferencialmente com fotógrafos desconhecidos. De fato, queríamos “ver” as outras pessoas. Assim, tornamos públicas as fotos e desprezamos a sua autoria, mas o recorte é nosso!

A farra do mundo

Do meu encontro com os músicos de rua pelo mundo nasceu esta ideia. Do inusitado e do comum destes encontros, da alegria dos meninos cantando sentados no chão de uma calçada aos músicos aparelhados que se apresentam ao por do sol. Então, do acaso destes encontros com todas as insuficiências destas apresentações e gravações improvisadas com os aparelhos que estão à mão, que nasce esta proposta. Esta situação quase chega a dar sentido ao trabalho de um curador aflito que junta, edita e dirige um show nos palcos do mundo para exibir uma certa visão nas redes de compartilhamento. Em suma, propomos a produção e a divulgação de um documentário poético-musical elaborado a partir do que podemos chamar de “estética dos menores”. Este projeto já está, na verdade, concluído, faltando ainda entregar o relatório final, atrasado por conta do confinamento causado pela pandemia.